Um relatório recente da consultoria HAYS mostra que, em 2016, companhias de todos os setores apostaram na customização de sistemas de gestão e projetos de business intelligence (BI).“Nenhuma companhia deixou de investir em tecnologia por causa da conjuntura do país, muito pelo contrário”, diz Raphael Falcão, diretor da HAYS Experts.
O estudo faz um prognóstico relativamente positivo para a área em 2017: os profissionais de TIcontinuarão sendo vistos como aliados estratégicos para alavancar o desempenho das empresas, sobretudo em algumas áreas específicas. O destaque vai sobretudo para especialistas em big data, nuvem, arquitetura de segurança adaptável, inteligência artificial e machine learning.
Outro movimento esperado, segundo Falcão, é a renovação dos quadros em grandes empresas de tecnologia. “Vemos empregadores com perfil bastante tradicional buscando pessoas com competências frescas e ‘disruptivas’ para tentar se renovar e até testar outros modelos de negócio”, explica. Paralelamente, as startups se consolidam como empregadoras competitivas no mercado de TI, e o empreendedorismo se firma como outra importante alternativa de carreira.
Para 2018, a previsão do diretor da HAYS Experts é que a empregabilidade do profissional de tecnologia da informação se mantenha numa curva de ascensão. “Embora ainda exista incerteza política, o novo direcionamento econômico agrada ao mercado e cria um ambiente mais confortável para investimentos”, afirma ele.
O relatório da HAYS aponta ainda os cargos em alta e em baixa no Brasil para 2017. Confira a seguir:
Cargos em alta:
Especialista em cloud e DevOps
Analista / gerente de segurança da informação
Analista / engenheiro / cientista de dados
De olho na redução de custos, empresas de todos os setores têm buscado migrar seus dados de estruturas físicas (hardware) para a nuvem, o que explica a alta na procura por especialistas em cloud, capazes de planejar, orientar e executar esse processo com segurança.
Já os especialistas em DevOps são procurados por empresas que buscam imprimir uma cultura de inovação e eficiência aos seus departamentos de TI, consolidando sua mudança de uma área de suporte para um núcleo estratégico para o negócio.
Segundo Falcão, o analista ou gerente de segurança da informação ganha ainda mais projeção graças ao movimento de migração de dados para a nuvem, o que reforça a preocupação com o sigilo dos dados.
O analista, engenheiro ou cientista de dados, por sua vez, será mais procurado graças à corrida pelos benefícios do big data. “Muitas empresas ainda não sabem como usar o poder dos dados no dia a dia, mas estão tentando sair na frente e planejam contratar especialistas em big data como um investimento estratégico”, diz o diretor da HAYS Experts.
Cargos em baixa:
Analista de rede de telefonia
Coordenador / analista de infraestrutura não-virtualizada
As áreas de TI menos promissoras para 2017, de forma geral, são aquelas em processo de superação pela chegada de novas tecnologias. É o caso do analista de rede de telefonias, num momento em que a chegada da internet e dos smartphones obriga um grande número de empresas a descontinuar suas redes fixas. “Quem trabalha com hardware mais antigo de telefonia terá cada vez mais dificuldades de encontrar oportunidades”, diz Falcão.
A mesma lógica vale para coordenadores e analistas de infraestrutura não-virtualizada. Por gerar altos custos, a infraestrutura física necessária para armazenar informação, como a de CPDs (Centro de Processamento de Dados), tem sido substituída por dados em nuvem. [ Fonte: Exame ]