De um lado, o ainda crescente mercado de tecnologia e, do outro, um país que ainda peca na formação de talentos e de mão de obra qualificada.
No meio do caminho, empresas especializadas em serviços de tecnologia convivem com o desafio diário de encontrar profissionais capacitados para funções cada vez mais complexas. Uma dessas companhias é a gaúcha e-Core, principal prestadora de serviços de consultoria para soluções Atlassian na América Latina e também especializada em desenvolvimento de software.
A empresa, que atende referências como Uber, Nasa, Airbnb e Moody’s, vem registrando crescimento acentuado nos últimos anos. Em 2016, a receita líquida foi de R$ 39 milhões e, no ano passado, R$ 58 milhões. O crescimento deverá se manter na faixa dos 40% também em 2018.
O crescimento dos negócios consequentemente exige novas contratações. A empresa pretende dobrar a quantidade de funcionários pelos próximos dois anos, alcançando a meta de 500 contratados – atualmente tem 250 ao todo. Inclusive, a companhia inaugurou um espaço para 150 pessoas em maio, dentro do parque tecnológico da PUCRS, além de manter escritórios em São Paulo, Miami e Nova Iorque.
Quem está à frente da área de Recursos Humanos para liderar a estratégia é Edna Batista, que, após oito anos na Dell, assumiu há oito meses o cargo de gerente de RH na e-Core.
Segundo a executiva, é preciso cerca de 50 entrevistas para chegar a uma contratação – o que demonstra o tamanho da dificuldade de escolha nos processos seletivos.
Se o desafio já vinha sendo grande em Porto Alegre, agora a dificuldade chegou a São Paulo (SP), onde a e-Core tem escritório há dois anos e está ampliando sua atuação.
Atualmente, a companhia tem 23 vagas abertas na capital paulista, sendo 13 para suporte de aplicações Atlassian, bem como 10 para consultoria. Serão 50 até o fim do ano, segundo Edna. Saiba mais detalhes sobre as oportunidades da companhia.
“Crescemos muito em Porto Alegre, mas já mapeamos praticamente todo o mercado de lá. Para ter crescimento maior precisamos pegar também São Paulo”, afirmou a executiva.
Para Edna, um dos principais quesitos que a maioria dos candidatos peca é na fluência em inglês, que, para a e-Core, é essencial visto que a companhia atende diversos clientes estrangeiros.
O que a e-Core busca?
Muito tem se falado sobre a falta de profissionais para cargos de programação e desenvolvimento, mas Edna lembra que as funções de suporte e consultoria também causam dificuldades. É o caso da e-Core, que presta estes dois tipos de serviços para soluções Atlassian.
“Não é todo mundo que quer suporte e estamos falando aqui de um novo tipo de suporte, com um atendimento premium”, define Edna.
Segundo ela, a empresa busca profissionais que atendam alguns itens básicos: foco no cliente, raciocínio lógico, resolução de problemas, bem como curiosidade – além do inglês com nível avançado. “Profissionais até têm as competências, mas falham nos soft skills.”
A e-Core, por sua vez, aposta em um ambiente saudável e metas claras para fazer frente à concorrência do mercado – além de, claro, o crescimento acelerado dos últimos anos. “Temos um ambiente atrativo, com uma cara de startup”, finalizou.